Cervejas de guarda: amadurecendo no tempo

Um esclarecimento inicial: são considerados produtos “de guarda” apenas aqueles que podem ser envelhecidos nas embalagens, nunca na produção. Depois, uma recomendação: na degustação, o ideal é deixar a cerveja evoluir no copo antes de ser consumida. Não estranhe, normalmente as cervejas de guarda não têm muito gás. Também não se recomenda guardar cervejas pasteurizadas, processo que só serve para a conservação, não permitindo nenhuma evolução sensorial e organoléptica.

O mestre-cervejeiro e beer sommelier Alexander Weckl, especialista de mercado na Agrária Malte (PR), e o professor e consultor na área de bebidas, Cesar Adame, definem as cervejas de guarda como aquelas que possuem um potencial de envelhecimento e evolução quando são guardadas, podendo ser consumidas num futuro próximo.

Para o mestre-cervejeiro Marco Falcone, da Falke Bier (MG), cerveja de guarda é, simplesmente, aquela que melhora com o passar do tempo. “Existem conhecimentos que comprovam que cervejas que têm partículas escuras de malte torrado melhoram com o envelhecimento. A gente chama essas partículas de melanoidinas, que têm uma reação química com o tempo: se auto-oxidam, protegendo a cerveja.”

Este fenômeno, explica, se chama “reação de redox”, que gera flavors agradáveis na cerveja, como vanilla. Cesar acrescenta que elas têm como principal característica um teor alcoólico mais elevado, além de exigir uma boa vedação da garrafa.

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